30 agosto 2005

Ideal

Apesar de não aceitar o capitalismo, tenho que admitir que ele chega muito próximo de fazer uma pessoa feliz, desde que essa pessoa tenha dinheiro, é claro. Pena que essa felicidade seja superficial e passageira, quem tem quer sempre ter mais. Assim o capitalismo explora as fraquezas humanas e torna um sofrimento esse mundo.
Admito que ficaria feliz se agora por exemplo eu estivesse numa casa com vista para o mar, se não tivesse que ir para a porra do meu trabalho, cercado do bom e do melhor, acompanhado por uma linda mulher(o dinheiro compra também), carrões na garagem e etc... mas tenho certeza que um dia me cansaria dessa vida. A cada dia que passa venho tentando não dar valor a essas coisas, mais na intenção de ser do contra, de não estar na moda, e também por tentar achar um caminho para a libertação. Acho que estou me tornando um escravo do meu ideal.

3 Comments:

Anonymous Anônimo

Libertação...!!?? De quê Darwin?
Do mal? Dessa necessidade de se querer sempre mais e mais ? De aspirar a algo, certamente,para alem das possibilidades que o presente oferece? E para quê ? Para entrar em mais uma corrida...!Em direcção a quê?Aonde?

Temos que deixar de nos preocupar com aquilo que criamos, e que, de facto não existe, por mais verosomilhança que lhe queremos emprestar. E não existe, porque a criação é nossa.E sendo nossa não é nada.Porque nós não conseguimos criar. Do nada, quem é capaz de criar?

Não existe o bem nem o mal! Não existe a liberdade.Não existe o tempo. Estes conceitos não passam de pérolas intelectuais criadas por mentes, felizmente ociosas,para poderem perpetuar com legimidade sustentada uma vida de domínio sobre o Outro.

Nem mesmo eu tenho a certeza que existo, para além do que o meu aparelho mental me é capaz de demonstrar aqui e agora.Sou capaz de me representar como existente. Mas a prova em mim não vale.Só existo na medida em que o Outro é obrigado a,momentãnemante, esquecer-se de si, para me aturar, para me provar que EU existo.Aí sim.O Outro é o meu reflexo, ou melhor é nele que eu me reflicto.É nele que eu dou sentido à minha existência. É por ele e não por mim, que a vida é uma coisa maravilhosa!Que está aí. Ao virar de cada esquina, à espera que a agarremos com as mãos, com os pés, com o coração, com esta mente, que, não poucas vezes,doce mas tragicamente nos engana.

Alerta mas vivos, para não nos perdermos!

Manuel.

2/9/05 12:29 PM  
Blogger Darwin

Manuel, aí vai uma prova de que você existe. Confesso que não é fácil entender suas palavras, mas percebi que, assim como eu, vc não sabe como vai ser a próxima corrida, ou se realmente existem corridas. Bom, se realmente existem, espero descobrir ao menos para que direção seguir.

2/9/05 5:56 PM  
Anonymous Anônimo

Caminhos certos a seguir..? Não sei,no entanto, vou caminhando..!

Manuel

5/9/05 6:45 AM  

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