18 outubro 2005

O porquê disso aqui.

Eu acho que ele vivia numa galáxia muito, muito distante. Ele se encantava com a teoria da relatividade, o espiritismo. Mas a todo momento ele percebia que as pessoas ou não entendiam o que ele falava, ou não diziam o que pensavam. E foi assim durante muito tempo.
Um dia ele digitou "matrix" no google, e foi nesse dia que ele encontrou sinal de vida na sua galáxia. Ele descobriu o SDM, e ficou maravilhado. Voltou a se encantar com o espiritismo, magia, UFO.
Até que começou a explorar os comentários, foi infeliz em seus primeiros comentários. A vida de lá era muito "evoluída", logo ele foi classificado como "sombra".
Então ele ficou triste, já não acreditava em nada. Mas lá ele conversou com o "comedor de baleias", que parecia estar chapado, tentou entender o "marcelokhan", e isso não foi ruim.
Com esperança de encontrar "seres" mais amigáveis ele começou a explorar os links do SDM, e como foi difícil, ele parecia um menino da roça andando na cidade grande. Ah, nesse momento ele já havia criado um espaço para ele, onde seus comentários não seriam apagados. Depois de muitos cliques, ele pode encontrar mundos que ele nunca imaginou que existissem, como o mundo do Rafael, o mundo do Black Mage o mundo do Epicuro e ainda deve haver muitos mundos fantásticos.
E agora aqui está ele, escrevendo isto, sem saber se está jogando certo o jogo do Lecter.

Não quero magoar ou decepcionar ninguém, mas também não quero ser magoado ou decepcionado.

6 Comments:

Blogger Trunkael

Hey hey Darwin, você só não tem condições de decepcionar ou se decepcionar com alguém se você não se relacionar com ninguém.

19/10/05 2:37 PM  
Anonymous Anônimo

Ótimo Darwin, ótimo, agora vamos fazer pressão para o Epicuro entrar no Jogo do Lecter. Vamos lá Epicuro, nos conte uma história.

19/10/05 2:38 PM  
Blogger Darwin

Sejamos sinceros, e assim afastaremos a possibilidade de decepções.
Vamos lá, revelemos um pouco de nossas vidas. O que temos a perder?

19/10/05 6:43 PM  
Anonymous Anônimo

Havia sido plantado a mando da Câmara Municipal junto de minha casa,mesmo em frente da janela em que as desgraçadas das moscas prenhes da quente euforia do estio indiferente e rapidamente davam lugar a lixo orgânico por via de um jogo de mãos miúdas mas incrivelmente precisas.

Tão raquítico era no começo, que me lembro de até ter comentado o desplante dos funcionários camarários em colocar tão enfezado espécime de plátano logo ali,junto de outras árvores já senhoras na idade e nos atavios.Não me parecia bem.Se queriam ali uma árvore,que plantassem coisa de maior e melhor substância.Sempre ficaria mais conforme.Mas...eles é que sabem!São eles que tem os livros!

Foi-se o tempo passando e eu não dava sequer pela presença daquele ser vegetal. Até que um dia...

Ao chegar a casa e antes mesmo de direccionar o carro para a entrada da garagem o insólito fez-me virar a cabeça para o lado direito..

- Ohh.. que é isto ..? Vejo a parte superior do coitado do plátano caída no passeio e dependurada por uma nesga do caule que se encontrava quase completamente decepado.

Fora de mim e ainda dentro do carro começei a insultar quem tão estupidamente tinha estacionado em cima do passeio e, creio sem querer,bateu no coitado do plátano tendo-o degolado.

A ferver de raiva meti o carro na garagem e...ainda aos impropérios contra os imbecis deste mundo,aproximei-me e... - lembro-me como se fosse hoje - com o carinho de uma mãe e a solicitude de uma enfermeira apanhei um bom bocado de terra,amassei-a nas partes feridas,deixando lá um bocado,peguei no caule quase todo separado, juntei-o à parte inferior e com a ajuda da minha mulher envolvi as partes num bocado de ráfia apertando-as bem com um laço,juntei-lhe uma tala e reapertando tudo novamente,ficou o meu agora querido plátano entregue à sua vontade de afrontar o sol, as nuvens, as outras árvores,e se calhar ainda mais alguns cabrões!

Dei parte aos vizinhos e quero crer que tal deu resultado pois nada mais semelhante aconteceu!

Escusado será dizer que doravante andei de olho nele.O coração apertava-se-me sempre que chegava a casa com receio de o ver esmorecer na sua luta pela vida.

Todos os dias ia verificar o sítio da ferida.Parecia-me que a coisa estava a resultar,pois a cicatrização mostrava-se perfeita.

Passaram meses e o rapaz, quer dizer o platanozito convalescia cada vez melhor. A minha mulher não acreditava.Como é que uma coisa tão destroçada como tinha visto,pudesse sobreviver tão fortemente.

Eu andava mais leve!Sentia-me muito bem!Tinha consciência de que tinha sido imprescindível àquele plátano.Éramos cúmplices de jornada.E nada podia mudar isso!

Passaram uns meses e ele não deixava de corresponder às nossas espectativas.Estava já bem mais alto.Da cicatriz havia ficado uma protuberãncia que lhe emprestava um ar de madureza tal que até parecia que a ostentava com vaidade.

Aproximou-se o Inverno e as folhas começaram a cair. Então ficou feio.Mais feio que os vizinhos.

Resolvi então pregar-lhe uma partida numa altura em que tão orgulhoso se mostrava no seu porte de árvore seleccionada e acarinhada!

Agarrei num tesoura de poda e comecei a trabalhá-la.Cortei quase cerce todos os ramos mais baixos,de molde a deixar criar uma copa densa e harmoniosa.Ficou como um pau seco espetado em árido e estéril monte.

A minha mulher e os vizinhos desancaram-me.Que eu tinha assassinado a árvore.Que teria sido melhor deixá-la morrer quando foi decepada.Etc.etc.etc...

E eu respondia que eles nada percebiam de poda.Que iriam ver na próxima primavera quem tinha razão.

O tempo foi passando.Mas nunca passava tão depressa como eu queria.Só que eu, sem nada dizer ia vendo pequenos rebentos a sair do caule que iam crescendo dia a dia.E com o coração cheio entrava em casa.

Uma manhã em plena primavera chamo a minha mulher à janela e digo: -Repara na NOSSA árvore e nas dos vizinhos!

Exibindo-se contra o mundo,com todo o potencial de uma folhagem densa com promessas de mais e mais grandeza, o plátano das minhas canseiras, e de amores também,arregalou-lhe a vista e fê-la exclamar: .- Ai! Olha que não parece a mesma.. e olha... as dos vizinhos pareciam mais ramudas e folhosas e esta...ah..que bonita ela está!

Como que a rir para nós e com a brisa a ajudar dava a impressão de nos querer acariciar os rostos com as suas folhas largas como pratos.

Foi então que a sorrir lhe tocamos e como que saídos de um conto de fadas dezenas de pardais até então escondidos por entre as folhas irromperam pela janela dentro para de imediato desaparecerem no etéreo azul.

Apeteceu-me sair e beijar a árvore!
Não o fiz porque havia gente na rua.Mas aquela cicatriz naquela noite,creiam,recebeu um beijo como eu já não dava havia muito tempo!

19/10/05 8:34 PM  
Anonymous Anônimo

O.o

Hey Epicuro, acho que você deveria fazer um blog pra você.

20/10/05 3:08 PM  
Blogger Helen Carolina

Não acho que a sinceridade afasta a possibilidade de decepção, concordo com o Epicuro "vc só não vai se decepcionar se não se relacionar com ninguém" , não existe ninguém perfeito e que se goste 100% de tudo que há nessa pessoa, acho que é isso, não que as pessoas devam se falsas é que mesmo as mais sinceras decepcionam. Não era isso que eu ia falar, eu disse á vc que leria o pq do seu blog, lembra qd eu disse que é preciso de coragem p/ se lançar no desconhecido, já que vc começou manda ver, que descubra mundos legais , que faça do seu mundo, um mundo legal, e esse espaço é seu e o meu conselho é: se preocupe menos com o que vão achar do q vc pensa, pense e jogue as suas idéias aqui, mas esteja aberto a mudança, vai o conselho de Nietzsche, vá para a fogueira pelo seu direito de ter e mudar de opinião, quantas vezes achar necessário." bjs , fui

16/11/05 1:14 PM  

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