26 novembro 2005

Improvável

É lamentável que chegou-se a construir instituições para que se separasse as pessoas "loucas" das "não loucas", as pessoas "más" das "não más". É extraordinário que tem homens que podem, "legalmente" sentenciar a morte a outros homens. E é extravagante que se põe tudo no papel, e que se morre gente enquanto são preenchidos. E é engraçado que os físicos prevêem um movimento de uma partícula através de quilômetros de cálculos, e não sabem prever a reação de uma mulher. É assustadora a aceleração da velocidade de fabricação dos bens de consumo, é assustadora a exigência do cliente. É um idiota o cliente, onde pensa que vai chegar? Quantas igrejas. Quantos bares. Quanta confusão.
E em meio a tudo isso, só me encontro num mundo imaginário, muito longe daqui, porque é lá que quero existir, ao menos em pensamento. E talvez achem covarde de minha parte, fugir, mas entendam que é matematicamente, fisicamente, biologicamente, psicologicamente, geneticamente, humanamente improvável que os "adultos" nos concedam a paz. E quando nós formos "adultos"? Ah, quando nós formos adultos já estaremos cansados demais pra lutar. Anh, uma revolução das "crianças"? Improvável que dê certo, improvável.
E é por isso que fujo, pra longe daqui, mesmo que só em pensamentos.

1 Comments:

Blogger Helen Carolina

Isso me lembra o Raul seixas dizendo: Para o mundo que eu quero descer, rsrsrs. Nem sei se era p/ ser engraçado, bjs

26/11/05 2:24 PM  

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