16 dezembro 2005

explicação atropelada

Mas o que posso eu dizer, que não seja impregnado da minha existencialidade? Até falando de um terceiro estou falando de mim. Basta prestar um pouquinho de atenção. Acho que até se eu descrever um, sei lá, barbeador, vou acabar falando de mim. Já que parece não ter remédio, vamos lá, tentar suportar um pouco mais. Até eu me canso de mim, acredite. É claro que acredita, isso é normal né. Tudo é normal. Rebeldia é normal. Tentar ser diferente é normal. Dizer isso é clichê.
Mas vejamos. Eu sou péssimo em contar histórias. Cronologia, descrição física, coerência e tal, não me dou muito bem com eles. Mas um dia, quando eu quiser agradar qualquer um, vou tentar me entender com eles.
Então vejamos, você que leu os últimos quarenta e dois posts, e deu uma olhada nos comentários, você deve estar mais por dentro dos acontecimentos cá na minha cabeça que qualquer outro ser humano na face da terra. E deve ter percebido, ultimamente, uma horrorosa guerra entre supostos eus. E se sua memória não falha, o eu que eu quis que vencesse foi aquele eu do tipo "A vida é só essa. Os números são pros infelizes. Eu sei viver. Tou no caminho da felicidade". Pois é, mas não é tão simples assim. Bom, agora vou contar a história do eu que venceu a batalha (e não a guerra). Não, não vou contar agora, o post já tá muito grande.