15 setembro 2007

dia

Hoje em dia eu acesso a internet com muito receio, por não saber se ainda existe aquele negócio de horários especiais, onde se cobra só um pulso por ligação local. Se não me engano esse negócio de pulsos já é coisa do passado, e isso me inquieta ainda mais. Pois outro dia veio duzentos conto de telefone. Bastaria eu ligar pra telefônica e alguém responderia às minhas perguntas, mas não quero ligar pra telefônica.
Me chateia muito o fato de ser abordado pela polícia e passar por revista e tal. Por mais forte que sejamos coisas como essa deixam danos irreparáveis. E tem um efeito bola de neve. Sou violentado por um procedimento estúpido aqui, e quando chego em casa já não é mais possível sorrir. Nesses momentos nada é mais natural que desejar o extermínio de tudo o que o ser humano inventou e construiu, sem dúvida. Impostos, taxas, multas, essas coisas tem o poder de chatear a gente, mesmo que sejamos treinados no desprendimento dos valores materiais.
A única maneira de amenizar o sofrimento e os traumas é contar tudo pra uma outra pessoa. A gente passa um mês falando que teve o veículo apreendido e que pagou quinhentos paus pra tirar do guincho.
O importante é não afetar aqueles que também sofrem quando a gente sofre. Então é preciso disfarçar, mudar de assunto ou calar. É importante que o sistema corrupto e imundo não atinja a nossa família com os seus atentados, pois é só aqui que podemos interferir.
Ah.

06 setembro 2007

sobre a vida.

Atingir um objetivo. Alcançar um sonho. Realizar.
Até ontem eu diria que isso é tudo pretexto para se querer viver. E diria que: se é necessário um pretexto para se querer viver, que porcaria de vida é essa?
Hoje eu diria diferente.
A gente tá sempre querendo algo do futuro, fazendo planos, sonhando. Não porque isso seja necessário para que exista vontade de viver. Mas porque nós, consciente ou inconscientemente, queremos "trilhar" o caminho até aquele objetivo. O que queremos na verdade é viver, e não realizar. Talvez essa seja a explicação para aquele descontentamento dos que atingem seus "objetivos".
As pessoas que mais sofrem são as que depositam todas as suas expectativas no fim da trilha e se esquecem de apreciar a paisagem.
Queremos viver, fomos programados para isso.